"Reveillon como aquele só uma vez na vida". Luíz Buarque de Holanda usa esta frase para se referir a badalada passagem de ano de 1967- 1968 que ocorreu em sua casa. Mais do que um ritual de final de ano, a festa conheciada como " o ultimo baille da ilha fiscal" sintetizou toda loucura de 68. Desde os ditos "males"; o homossexualismo e as drogas, a exacerbação da revolução cultural que a juventude promovia, como a ruptura de valores familiares, a liberdade sexual, e o envolvimento político da sociedade.
Os jovens saíam as ruas para protestar contra o governo, declararam guerra a velha sociedade capitalista e hipócrita, despejaram sua vontade de mudar o presente. Os jovens de 68 foram os grandes responsaveis pela quebra com os padrões tradicionais de comportamento, um pequeno, porém necessaario ensaio do que ocorreria nos anos 80 e 90. A ascensão das mulheres no mercado de trabalho, a legalidade do sexo, o ápice dos divorcios, a luta contra preconceitos e em prol do meio ambiente, combinando uma crescente e perigosa individuálidade, e mais um leque de outros acontecimentos.
A revolução de 68 parecia ganhar o mundo e além, mas como o reveillon na casa dos Buarque de Holanda, terminou com os móveis quebrados, uma ressaca geral entre os convidados e um burburinho daquilo que prometia ser um grande acontecimento... Com a implantação do ato institucinal numero 05, as manifestações foram reprimidas e os novos ideais viraram apenas lamentações. Iniciando assim oque seria o periodo mais obscuro da ditadura militar.
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