
No ano de 2008 o Brasil comemorou os 20 anos do renascimento da constituição. Porém, não se pode esquecer que junto a Constituição Federal de 1988, nasceu também o Sistema Único de Saúde, o SUS.
O SUS foi instituído para que todos os brasileiros tenham acesso à saúde. Antes da criação do sistema, o programa de saúde brasileiro era de responsabilidade do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS). O atendimento era restrito aos constribuintes do INAMPS. Os brasileiros que não pagavam ao sistema dependiam de serviços filantrópicos, como exemplo as antigas casas de misericordia.
Atualmente o SUS engloba vários programas. Eles são centros e postos de saúde, hospitais, laboratórios, hemocentros, além de fundações e institutos de pesquisa, como a FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz, o Instituto Vital Brazil, a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA).
Faz-se necessário esclarecer que apesar das melhorias ocasionadas da criação do sistema e, do fato de que o SUS é uns dos únicos sistemas publicos de saúde gratuitos no mundo. Ainda assim a saúde publica brasileira deixa muito a desejar.
Segundo Fátima Machado, enfermeira do centro 01 de Sobradinho e participante do programa de acolhimento do SUS, nos 15 anos que trabalha com o programa, as principais queixas são a falta de capacitação para o servidor e, principalmente a necessidade de um bom gerenciamento. Fátima diz ainda que é preciso implementar uma política de humanização, pois o ato de cuidar cada dia se torna mais mecânico. Para a colega de trabalho de Fátima, Miriam Lucena, também enfermeira e atuante do SUS há 11 anos, o que mais sente falta é de material. Ela também faz criticas a gestão, "O SUS não acompanha a evolução das doenças causadas pela vida sedentária dos dias atuais".
As duas enfermeiras são otimistas com relação ao sistema único de saúde, para elas, ainda que lentamente, o sistema público está evoluindo para um atendimento melhor. Fátima diz que embora tenha muitos desafios no trabalho, ainda sim é gratificante o resultado final, "Se não fosse gratificante não estaria no SUS até hoje". Miriam conta que já viu muitos colegas desistirem e perderem a fé no programa, mais afirma que mesmo em meio as dificuldade e querer mudar de secretaria devido à má gestão, o sistema de saúde no futuro será melhor. Por mais que esteja andando a passos de tartaruga. Para acelerar, o programa depende de cada um de nos, pois o SUS é uma conquista nossa e devemos cuidar dela.