quinta-feira, 29 de maio de 2008

Caso Abagge






















Até onde uma reportagem pode influenciar a vida de alguém? Partir do momento em que uma máteria é publicada sem ética e moral, pode- se acabar com uma carreira, anular uma pessoa e, muitas vezes, provocar a morte.

Celina e Beatriz Abagge, mais conhecidas como as bruxas de Guaratuba(PR), sentiram o poder da mídia de forma que alterou radicalmente suas existências. Em abril de 1992, mãe e filha foram acusadas de assassinar um menino de 7 anos em um ritual de magia negra. Os meios de comunicação exploraram ostensivamente o caso, tido como verdade absoluta para todo Brasil.

Ironicamente foi uma jornalista a ajudar as acusadas. Depois de meses de investigação, Vânia Wetel escreveu 17 máterias que inocentavam as Abagge. Após cumprir 7 anos de pena as acusadas forams soltas graças as reportagens de Vânia que reabriu o processo.

Infelizmente não se trata de um caso isolado no Brasil. O monstro da mamadeira de Taubaaté(SP) é um exemplo recente da irresponsabilidade jornalistica. Daniele Toledo Prado foi acusada de matar a filha por overdose de cocaina. Ela foi presa e espancada por outras detentas. No entanto, no prazo de 40 dias foi comprovada sua inocencia, ao sair o laudo da morte da criança. Onde estava a midia após a solução do caso? Retificando o erro com pequenas notas, para uma materia sensacionalista.

A maioria dos jornalistas parece ter esquecido valores como etica e responsabilidade social, motivados pela ambição e competição no ambiente de trabalho.Com exeção de casos como o de Vânia Wetel que buscou a verdade acima da noticia, não sobra muita coisa. Por causa desse feito a jornalista ganhou um premio pelas investigações que fez no caso Abagge. Celina e Beatriz hoje lutam para que não aconteça com outras pessoas o que se sucedeu com elas.

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