sexta-feira, 17 de abril de 2009

Problemas na secretaria do IESB


Nos corredores do campus sul do Instituto de Ensino Superior de Brasília, pode se observar a circulação de vários alunos no local. A faculdade é veiculada comercialmente com a idéia de ser um centro que une a pratica e a teoria. Na teoria a secretaria do campus sul deveria ser rápida, eficiente e satisfatória. No entanto na pratica ela tem sido alvo de criticas por parte dos alunos da instituição.


Aline, da turma de psicologia reclama da desordem no local, alguns assuntos não são tratados com a devida seriedade, se queixa. Segundo ela, pagou um boleto com a mensalidade de três meses e, o seu nome não foi registrado na chamada por algum tempo. Para estudante de design de interiores que não quis se identificar, a secretaria deixa a desejar, pois possui falha nas informações repassadas. Segundo aluno o problema está no treinamento de pessoal que causa uma má administração.


No entanto para outros alunos a secretaria é funcional, sendo necessárias somente algumas melhorias. Aquemi, aluna de publicidade diz estar satisfeita com os serviços prestados pela secretaria, exceto nos períodos de intensa movimentação; à volta as férias, o que considera a causa do tumulto é à grande demanda para poucos atendentes. Monica e Mayara de psicologia e Designer de moda estão felizes com a secretaria, uma delas gostaria apenas que o serviço online fosse mais amplo, para que não seja necessário o deslocamento até a secretaria do IESB sul.


Os alunos entrevistados acreditam que para solucionar os problemas e /ou aprimorar os serviços prestados, é necessário uma melhor organização, mais recursos online, como já citado e maior seriedade para com os alunos.


Glaucia Madureira, supervisora da secretaria do campus sul, foi questionada sobre as reclamações dos estudantes. Segundo ela, o que causa o tumulto após as férias é o atraso na renovação da matricula, pois os alunos têm um período de dois meses no primeiro semestre do ano, dezembro e janeiro e julho no meio do ano para renovar. Porém a maioria faz o procedimento no começo do período letivo. E muitos recebem boletos acumulativos devido a esse lapso, pois é incluída a mensalidade de janeiro. Os alunos podem procurar a secretaria para negociar a divida. Os calouros têm o privilegio de poder diluí-la em outras mensalidades. Já os veteranos podem parcelar em até três vezes. E para aqueles alunos que se matricularam fora do prazo, depois de março, em que ultrapassa os 25% de faltas permitidas, ela explica que o processo é demorado. É preciso se certificar que aluno compareceu as aulas. Por tanto o período de espera não é menor que 20 dias. Daí o possível atraso na inclusão do nome do aluno nas chamadas.


Glaucia diz que a maioria das necessidades dos alunos pode se resolver online, desde que esteja dentro do prazo estipulado. Ela diz que todo semestre a secretaria faz uma reunião de pessoal a fim de apontar os erros e acertos e efetuar melhorias no atendimento. Segundo Glaucia, algumas mudanças já foram feitas, porém os alunos se mostraram assustados e em alguns casos foi preciso regredir. Ela se disponibiliza para esclarecer qualquer duvida que os estudantes tenham quanto ao bom atendimento da secretaria que os atendentes não poderem sanar.

Por traz das cabeças


Toda história sempre têm o começo, o meio; que costuma ser o ápice, e o fim, o desfecho, às vezes inesperado, outras vezes nem tanto e em contos como os de fada sempre ganham o mesmo final: E felizes para sempre.



Em As cabeças trocadas o desfecho é surpreendente e, o começo poderia dizer delicado. A história inicia com dois amigos muito unidos na Índia. Eles possuem um forte sentimento de fraternidade um pelo outro. E como duas metades, se completam. São diferentes em valores e vida. Um é nobre, descende de uma casta superior. Este é intelectual, valoriza os livros, o mundo do saber, aprimora a mente. O outro amigo é leigo, mais novo e trabalha com serviço braçal,

exercita o corpo. É simples e por vezes inocente.



Observando com atenção nota-se um possível questionamento dos valores sociais e, os conflitos existentes em ser ter tais valores. O que é melhor, a beleza física ou a da mente? Existe alguma superior?



Poderia se dizer, que o destino dos dois amigos e o inicio do conflito é determinado quando uma bela jovem atravessa o caminho de ambos e, os seduz. Um dos cavalheiros, o estudioso em questão, cai doente de paixão pela moça, com ganas de morrer. E como todo bom amigo, o homem simples, se vê impelido a ajudar e, toma para si o papel de intermediador do enlace entre a bela moça e o companheiro querido. E o casamento é realizado e logo se espera um herdeiro.



Seria tudo singelo e, belo se a historia terminasse nesse ponto, se não fosse transparecido ao marido o desejo de sua esposa por seu melhor amigo. O que culmina no suicídio dos dois homens. Um porque descobre a infidelidade no pensamento da esposa. O outro porque não quer viver sem aquele que considera irmão e se martiriza por algo que não fez. As mortes se sucedem no templo de uma deusa, onde os dois decepam a cabeça em sacrifício. O cenário é desolador; a bela mulher, pivô da tragédia se encontra em desespero e culpa, tentando dar fim a própria vida e a do filho no ventre se enforcando já que não conseguiu levantar a espada que decepou a cabeça do marido e de seu amigo.



Apesar do ponto anterior parecer irreversível, é no momento seguinte que tudo se renova. A deusa do templo se irrita com a mulher por tentar suicídio e pela sua responsabilidade na tragédia. Porém dela se apieda e permite que os dois homens que morreram voltem à vida, com a condição de a mulher colocar as cabeças no lugar rapidamente. É nesse instante que as cabeças são trocadas. A cabeça do intelectual esta no corpo do homem simples e vice versa. Embora exista um gostar inicial por parte dos trocados. Há estranheza e polemica, de quem é a mulher, do corpo ou da mente. Ela que Gostava do perfil sofisticado do companheiro, mais queria satisfazer prazeres com o homem de corpo escultural e gestos francos. Desejava ardentemente o corpo do amigo do marido em seu perfil atlético. Mais gostava da mente do esposo.



Um sábio é consultado e o direito a esposa é dado a cabeça e não ao corpo, embora este tenha fecundado a mulher e segurado sua mão no dia do casamento.



A situação mais uma vez parece perfeita, afinal se resolve a questão e a mulher é dada a cabeça do marido e, ao corpo do amigo. O casal passa a se deliciar com os prazeres da carne enquanto o homem que pouco se interessa por interesses intelectuais, decide se tornar um ermitão. No entanto o marido é a mulher sentem falta do outro. E com o tempo o corpo vai se modelando aos estilos de vida, voltando ao que era antes.



E questiona-se de novo, as prioridades entre os prazeres do físico e os da mente. A cabeça do marido não combinava com um tronco atlético e vice versa. O melhor dos dois universos, o físico e a mente era quando formavam um conjunto nos amigos.

Qual decisão então se deve tomar? O corpo, a mente, os dois?



A saída honrosa foi à encontrada pelos homens e depois para a mulher. Os amigos decidiram travar duelo, pois só poderiam viver em comum em dois. O melhor seria matar um ao outro, e voltar a essência de corpo e mente, afim de elevar a alma e renunciar os prazeres da carne. E dessa forma se resolveu o dilema. A moça foi queimada junto à pira funerária dos dois. Em certo sentido encolhendo o corpo e a mente no conjunto.



Trágico não? No entanto sublime, ao falar da amizade, e o contra ponto do desejo espiritual e carnal. E filosófico, pois questiona a essência do ser e do amor. Existe um tipo certo de se amar? Há o amor puro e, o carnal, qual traz a felicidade?